Qual o papel da liderança na crise? Entenda aqui!
É fácil entender a importância de uma boa liderança na crise, como a vivida em consequência da pandemia da COVID-19. Basta recordar que ela é o norte para onde seus comandados devem seguir, mesmo quando nem tudo está claro para eles.
Em uma crise como a atual, em que efeitos na economia, no sistema de saúde, nas relações humanas, na logística de abastecimento e, claro, no mercado de trabalho assustam e deixam milhares de profissionais ansiosos, os líderes são um alento para seu time e o incentivo certo para mantê-lo em alta performance.
Neste post, trazemos uma discussão sobre o papel dos líderes em momentos de crise e quais estratégias podem ser adotadas, assim como também apontamos quais os erros que devem ser evitados nessa relação. Confira!
Como deve ser a liderança em tempos de crise?
Não existem mais certezas no ambiente corporativo e mesmo as previsões e tendências são difíceis de ser elaboradas. Antes da crise, o mercado também vivia constantes mudanças, como a própria transformação digital, mas seus efeitos eram mais fáceis de acompanhar e compreender.
Em um cenário de crise, as mudanças são abruptas e os líderes têm, como um de seus principais objetivos, garantir a longevidade de seus negócios mesmo com as adversidades que o momento de incertezas pode causar.
Portanto, para garantir que seus negócios prevalecerão, os líderes devem mudar suas estratégias para um posicionamento mais diretivo onde os comandados têm mais facilidade de seguir suas orientações.
No entanto, cabe ressaltar que isso não significa obediência a todo custo, e, sim, a apresentação de normas que direcionam as decisões do time, ou seja, aguçam o uso da responsabilidade individual.
Quais são os erros que devem ser evitados na crise?
A liderança na crise, portanto, reforça a autonomia dos profissionais do seu time e faz com que eles tomem decisões e atuem considerando a contribuição que podem fazer para o trabalho de seus colegas, agilizando processos, otimizando a comunicação e enriquecendo os resultados.
No entanto, é claro, algumas falhas de gestão podem ocorrer pela falta de precedentes de situações, como a crise que assola países em todos os continentes. Para uma empresa fugir deles, é necessário redobrar a atenção para algumas atitudes.
Tentar encontrar culpados para a crise e seus problemas
Com a identificação de um problema, o foco da gestão e do time deve ser em solucioná-lo e não em apontar quais são as variáveis externas ou os responsáveis pelo dano.
Além da necessidade de responder e corrigir o problema rapidamente, é preciso ter em mente que mesmo as falhas podem promover aprendizados para a empresa e para seus colaboradores, mas isso deve ser feito seguindo um dos princípios da metodologia Ágile: errar, aprender rápido e inovar sempre.
Isolar funcionários ou se distanciar deles
O termo “isolamento social” tem sido amplamente utilizado para fazer com que as pessoas evitem contatos e sejam mecanismos de propagação da COVID-19, não é mesmo?
Porém, talvez o mais adequado seria nomeá-lo como isolamento físico, afinal de contas, as relações podem e devem ser mantidas nos ambientes virtuais, por meio de e-mails, ligações e videoconferências para dar continuidade às atividades do negócio e fazer com que as interações pessoais possam gerar novas ideias e soluções.
O mesmo vale para o relacionamento entre líder e sua equipe. Se existem inseguranças e ansiedades no time, a presença e a disponibilidade do seu responsável podem trazer tranquilidade e organização para os profissionais sob seu comando.
Não ser transparente
Além da presença e da disponibilidade do líder, sua comunicação e suas diretrizes devem ser transparentes e objetivas, mostrando a realidade dos fatos, a situação atual da empresa e a importância do comprometimento do time com os resultados esperados.
Sem isso, o engajamento e o nível de confiança do time podem ser comprometidos, elementos que podem impactar negativamente a performance dos colaboradores.
Ignorar os indicadores de sucesso e a necessidade de refazer as metas do negócio
Metas para os setores ou profissionais servem como ferramenta para direcionar a força de trabalho, assim, o time de vendas sabe em quais negociações focar para cada ciclo estratégico, por exemplo.
Porém, com uma mudança brusca nas oportunidades do mercado, é muito importante repensar as metas para que elas não frustrem o time ou mascarem a performance real do negócio. Para isso, manter o acompanhamento frequente dos indicadores de sucesso pode ajudar na definição dos novos parâmetros, assim como na evolução das novas ações e abordagens.
Tomar decisões de maneira reativa e emocionalmente descontrolada
A ansiedade e o estresse que surgem durante uma crise podem deixar o líder emocionalmente alterado. Tomar decisões nesses momentos pode aumentar ainda mais o problema a ser resolvido, por isso, é muito importante que o gestor saiba gerenciar suas emoções.
Algumas dicas para trabalhar a inteligência emocional para esses momentos são:
- identifique e assuma as emoções que está sentindo;
- pondere se elas estão afetando seu posicionamento naquele momento e, se possível, retarde a sua decisão;
- considere as possibilidades e suas consequências, avaliando qual delas terá o efeito mais favorável para o negócio;
- busque a opinião de especialistas, como os consultores da Kienbaum;
- explique sua decisão para seu time;
- acompanhe a evolução dos resultados e, se necessário, faça novos ajustes.
Qual o papel da liderança na crise do coronavírus?
Líder é aquele indivíduo que conduz seu time de comandados até o objetivo do negócio, não é mesmo? Em um momento tão instável como a crise do coronavírus, esse profissional deve usar suas aptidões e habilidades para fortalecer seu time e guiá-lo para o melhor resultado possível dentro do novo cenário.
Isso pode significar dar suporte emocional, estudar as melhores relações de trabalho para atender às necessidades de isolamento, considerar as demandas do negócio e, em uma estratégia única, atender eficientemente a seus colaboradores e à organização em que trabalha.
Além disso, líderes também são exemplos, precisam demonstrar tranquilidade e resiliência para os colaboradores da empresa. Ao mesmo tempo, devem demonstrar a preocupação com a saúde dos profissionais sob o seu comando.
Para isso, o líder deve desenvolver suas habilidades de gestão, comunicação e controle emocional, afinal de contas, precisará ter calma para tomadas de decisão mais acertadas e eficientes.
Ainda que seja perfeitamente normal ter suas preocupações e temores, o líder deve procurar maneiras fora do ambiente e relações de trabalho para trabalhar suas emoções, como praticar exercícios físicos e aconselhar-se com seus mentores ou consultores de carreira, por exemplo.
Em um ambiente totalmente atípico, sem parâmetros ou soluções simples para o curto prazo, um líder bem desenvolvido é estratégico e pode conduzir o negócio em meio à turbulência, mitigando problemas e eventuais prejuízos.
Então, sua liderança na crise ainda pode ser potencializada seguindo essas dicas? Converse com um de nossos consultores e saiba como a Kienbaum pode ajudar na sua estratégia.