Diferença salarial entre gêneros: entenda os impactos e as possíveis soluções para esta questão
Apesar dos avanços das mulheres no mercado de trabalho, a diferença salarial entre gêneros é um problema que atinge todos os países e diversos setores. Nos últimos anos, essa questão tem se tornado pauta de discussão em empresas, Hollywood, governos, e inspirou a criação de movimentos como o #PayMeToo.
Segundo o estudo do Instituto Locomotiva, a igualdade salarial aumentaria em R$ 461 bilhões a economia brasileira, porém, a herança machista ainda é muito forte. Segundo a mesma pesquisa, 20% dos participantes acreditam que é constrangedor uma mulher ganhar mais do que um homem.
No artigo de hoje, vamos mostrar os impactos da diferença salarial entre homens e mulheres e algumas soluções para que as empresas possam diminuir esse problema. Confira!
Quais fatores influenciam esse cenário?
Alguns fatores ajudam a explicar porque essa diferenciação salarial existe. Além da carga horária de trabalho, as mulheres trabalham quase o dobro de horas por semana do que os homens em atividades domésticas e cuidado de pessoas (20,9 horas contra 10,8 horas), e dão preferência para trabalhos que tenham jornada mais flexível.
Apesar de trabalharem mais e terem mais anos de estudo, as mulheres ocupam menos cargos de liderança e estão em menor número em áreas ligadas a finanças e tecnologia. Outros fatores que aumentam a desigualdade salarial são o fato de as mulheres terem mais interrupções na carreira devido à maternidade.
Como é a diferença salarial entre gêneros no Brasil e no mundo?
Segundo a pesquisa realizada pelo Índice Global de Desigualdade de Gênero, existe uma diferença entre o salário de homens e mulheres maior do que 50% com relação a cargos executivos no Brasil, o que reforça os resultados obtidos pelo IBGE, em que as brasileiras ganham, em média, 74% do que é pago aos homens.
Em outros países a situação não é muito diferente. Segundo esse mesmo estudo, na média, as mulheres recebem 15,5% a menos do que os homens.
A maternidade é apontada como um dos principais fatores para a diferença salarial, pois muitas mulheres deixam o mercado de trabalho por terem sido demitidas, por falta de vagas em creches ou por não terem renda para contratar uma babá.
No entanto, algumas empresas perceberam que contratar mães pode ser um grande diferencial, especialmente caso elas sejam o público-alvo da sua empresa, pois ninguém vai entender melhor as necessidades das suas clientes como elas. Nessa nova fase da vida, muitas mulheres desenvolvem novas habilidades e passam a se conhecer melhor, beneficiando também o lado profissional.
O que as empresas podem fazer neste momento?
Mais importante do que criar um ambiente de trabalho que facilita o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a melhor alternativa para diminuir a desigualdade é desenvolver e preparar as mulheres para cargos de liderança. Alguns pontos a melhorar destacados por mulheres para crescer na carreira tem relação a gestão de tempo, negociação, networking, autoestima e autopromoção.
Por isso, muitas empresas investem em programas de coaching para formação de líderes e incentivam o autoconhecimento e a capacidade delas de liderar equipes com perfis diferentes. Enxergar mulheres em posições estratégicas também incentiva outras a crescer na carreira, tornando cada vez mais palpável a igualdade salarial.
Segundo previsões, a diferença salarial entre gêneros vai demorar 217 anos para acontecer de forma global. É o que indica, por exemplo, a análise do Índice Global de Desigualdade de Gênero, realizado em 2017. O Brasil caiu de 79ª para 90ª no ranking geral e, com relação a desigualdade salarial, o país ocupa a 83ª posição.
Gostou do artigo? Tem outras ideias para acabar com a diferença salarial entre gêneros? Nos conte nos comentários!
por Kienbaum Consultoria, thank you for this post. Its very inspiring.
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