Até onde um olhar de curto prazo pode nos levar?

Por Frederico Madureira, sócio na Kienbaum Brasil

Mesmo num mundo em profunda transformação, muitas organizações permanecem presas a discussões de curto prazo, sofrendo com a instabilidade de resultados imediatistas e de relações superficiais com seus clientes e outros públicos.

Se o resultado de um mês atinge o esperado, ótimo, um conforto superficial toma conta do ambiente junto de uma esperança que agora vai, que o próximo mês será ligeiramente melhor e que a paz se manterá naquela empresa. A busca é de resultados crescentes, porém incrementais, dentro do cenário conhecido.

Diante de um imprevisto, algo inesperado, as crenças nas estratégias vigentes se mostram instáveis e tudo passa a ser questionado. A certeza de um mês atrás se desfaz rapidamente. A postura é de reação, de não ter mais o controle da situação e da necessidade de buscar uma outra resposta, que seja única, certa e conhecida para um problema que voltou à tona e se tornou imediato. O medo e a ansiedade buscam caminhos conhecidos, já trilhados. Não é possível enxergar uma resposta de transformação quando o sistema límbico está no comando. Ficamos refém de um olhar míope, que não consegue ver além do imediato.

Como o sistema é cíclico, de repente tudo se acalma. Há conforto no curto prazo, porém dor e medo do que virá no longo prazo. Qual será a próxima onda, até quando a estratégia conhecida continuará fazendo sentido.

Diante disso, como ir além e mudar de patamar?

Para transformar uma organização e dar saltos de crescimento, é necessário coragem para buscar o novo. Ir além das respostas conhecidas e se abrir para pensar o novo. Sair de uma postura reativa para um comportamento de adaptação. Saber que surgirão paradoxos buscando respostas únicas, mas que elas não mais existem. Partir para a interação, pois é na interação com erros e acertos que as respostas surgirão. Para a alta liderança, o papel cabe sustentar o desafio. Para os demais, o movimento é para ganhar flexibilidade e calibre.

Ao lidar com cenários futuros, pensar além do óbvio, exercita-se a visão de longo prazo. Ao compartilhar diferentes visões sobre o futuro, a busca é por uma visão compartilhada que engaje e estimule uma força coletiva de mudança. É isso que vai transformar a empresa, permitir saltos que vão muito além de incrementos percentuais de melhoria. Sem uma força coletiva que deseje construir o que nunca foi feito, o máximo que cada pessoa vai alcançar está limitado pela sua visão míope da realidade. Não iremos além…

A Kienbaum, com sua consultoria especializada de negócios focados em estratégia, pode te ajudar nesse processo. Entre em contato conosco!