Kienbaum Cuiabá consolida sua expertise no mercado de cooperativas
O Brasil tem, atualmente, cerca de 6,8 mil cooperativas, atuando em diversos segmentos econômicos e reunindo mais de 15 milhões de cooperados. Por sua vez, Mato Grosso (MT) é o terceiro maior estado em número de pessoas envolvidas na área, o que representa nada menos do que 58% da população.
Visando atender a essa demanda, em forte crescimento, a Kienbaum Brasil inaugurou, no ano passado, seu primeiro escritório no estado, em Cuiabá, que está em franca expansão, apesar da pandemia. Dos 141 municípios do MT, nada menos do que 114 deles, ou 80% do total, têm cooperativas.
“O portfólio de serviços da Kienbaum Brasil é bem afinado com o segmento do cooperativismo, que é muito focado na formação de lideranças. Nós oferecemos também outros serviços relevantes para a área, como governança familiar, executive search e assessment”, explica Andréa Passos, Kienbaum em Cuiabá, a qual tem uma trajetória de mais de 10 anos no cooperativismo.
Confira, nesta entrevista com a sócia Andréa Passos, o que tem tornado o cooperativismo um segmento tão atraente, com ganhos para todos os envolvidos.
O principal foco de atuação do escritório de Cuiabá, no momento, é o cooperativismo. Por que essa opção?
A Kienbaum reconhece que o cooperativismo tem expandido cada vez mais, e com isso temos uma grande oportunidade de contribuição, considerando os impactos que esse segmento gera no país e no mundo. Especificamente, aqui, em Mato Grosso, a força do cooperativismo tem se mostrado cada vez maior. Hoje, o estado já é o terceiro maior estado em termos de engajamento da força do cooperativismo.
Atualmente, no contexto dos impactos econômicos e sociais que a pandemia causou, o cooperativismo tem sido, sem dúvida, uma solução bastante assertiva, buscando soluções cada vez mais inovadoras, e, com isso, tem crescido muito, gerado mais emprego, e, consequentemente, mais renda nas regiões onde está presente. Isso tem impacto direto na vida das pessoas e das comunidades, gerando prosperidade a todos.
Como o novo posicionamento da Kienbaum se encaixa nesse contexto?
Nós estamos integrando as demandas das cooperativas ao contexto do nosso principal posicionamento, que é a transformação ligada diretamente às lideranças, às pessoas e aos negócios. Nosso grande objetivo é transformar realidades e contribuir para que o cooperativismo se mantenha mais forte a cada dia, de modo que as lideranças consigam manter suas mentes sãs no momento atual. Na medida em que mais tecnologias se tornam disponíveis, os líderes precisam ser mais humanizados.
Por meio de nossas ações, especialmente com as lideranças das cooperativas, temos contribuído para que elas obtenham melhores resultados dos negócios dessas organizações, enquanto pessoas jurídicas, e com impactos positivos também para os indivíduos e/ou para os cooperados, enquanto pessoas físicas.
Nesse contexto, quais serviços e produtos são mais estratégicos para serem oferecidos pela Kienbaum?
Veja, o portfólio de serviços da Kienbaum é bem afinado com o segmento do cooperativismo, que é muito focado na formação de lideranças, para que elas possam multiplicar seus conhecimentos e, consequentemente, multiplicar os negócios em geral.
Nossa intencionalidade de ação tem sido também muito voltada para a governança, em especial a governança familiar, pois o estado tem grande incidência de empresas familiares. Temos focado muito na orientação sobre tomadas de decisão nessa área, visando sensibilizar os conselhos das empresas não somente quanto ao valor que a família pode ter, mas também sobre o valor que o mercado pode agregar às organizações geridas por famílias. Sempre na perspectiva de geração de renda e prosperidade, no sentido mais amplo.
No Cooperativismo, também temos evidenciado a nossa expertise para apoiar a Governança, afinal sabemos que não basta se ter uma boa estratégia de governança, é preciso ter e desenvolver bons governantes. A exemplo disso, acabamos de fechar um projeto que impactará 90 conselheiros do Cooperativismo de Crédito.
Vocês têm atuado também com assessment e executive search?
Sim. Atualmente, as cooperativas têm enfrentado um grande desafio para conseguir colocar as pessoas certas nos lugares certos, de modo que o assessment tem sido uma grande demanda dessas organizações para nós.
Todos querem se adequar a um novo modelo de posicionamento dos consumidores ou dos associados, que almejam um relacionamento mais próximo. Isso exige dos executivos um novo mindset para melhor atender às comunidades.
Nesse sentido, o executive search também se torna fundamental para estabelecer os desafios que os cargos exigem, assim como os processos de tomadas de decisão, envolvendo maior autonomia dos profissionais em todo o ambiente do negócio. Muitas vezes, a cooperativa, ao abrir vagas para novos postos, não consegue, sozinha, obter bons resultados.
E em relação às mulheres, que hoje já são 36% dos cooperados no Brasil?
Há uma grande iniciativa no cooperativismo no sentido de valorizar a força da mulher no mercado de trabalho, até porque ela representa a metade da população do nosso país. O setor tem contribuído muito, por exemplo, para que as mulheres empreendedoras tenham mais acesso ao crédito e possam, assim, impulsionar seus negócios.
“Temos feito muitos contatos com empresas ligadas ao agronegócio, que não são cooperativas, como o setor automotivo e com vários outros segmentos”
Você, particularmente, tem uma ampla experiência com o cooperativismo, certo?
Sim, eu tenho uma trajetória de mais de 10 anos na área de desenvolvimento do cooperativismo e de gestão de pessoas. Ao longo desse tempo, pude entender bem os valores da área e materializá-los na prática. Por isso, costumo dizer: só não se envolve com o cooperativismo quem não o conhece. Seu maior concorrente é a falta de conhecimento. O cooperativismo é mais do que um modelo de negócio. As cooperativas geram transformação, por isso sou associada de uma cooperativa de crédito e vivencio na prática boas experiências, sendo atendida com as soluções de que preciso para ampliar meus negócios e a minha qualidade de vida.
Você tem dados sobre o retorno econômico do setor?
Uma pesquisa recente, realizada por uma entidade de cooperativismo de crédito, em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, chegou ao seguinte resultado: cada R$ 1,00 concedido pelo crédito cooperativo, gera R$ 2,45 no PIB da economia, impactando localmente. Sem dúvida, esse ciclo virtuoso do cooperativismo de crédito gera empreendedorismo e reduz desigualdades sociais.
Quais são os valores do cooperativismo que mais atraem o mercado?
O cooperativismo valoriza muito a gestão democrática, dando voz e vez para que todos os participantes possam expressar suas opiniões. Há também uma forte valorização da educação, visando à formação informação e desenvolvimento. Isso ocorre em nível global, em ações coordenadas pelas cooperativas e com o apoio e incentivo da Organização das Cooperativas do Brasil – OCB.
Enfim, os resultados do cooperativismo são financeiros, mas os impactos têm uma forte relevância social.
O escritório da Kienbaum Cuiabá está aberto para outros segmentos?
Sem dúvida. Temos feito muitos contatos com empresas ligadas ao agronegócio, que não são cooperativas, com o setor automotivo e com vários outros segmentos.
Vocês começaram a atuar no ano passado, em plena pandemia, certo?
Sim, começamos a atuar em abril de 2020 e abrimos o escritório físico em setembro. Temos trabalhado muito bem de forma virtual, já impactamos mais de 250 líderes e estamos certos de que teremos resultados ainda melhores, pois os impactos positivos que a Kienbaum tem gerado já estão sendo reconhecidos pelas pessoas envolvidas. Nessa perspectiva, acreditamos que o maior impulsionador do desenvolvimento do nosso escritorio, são os nossos clientes e a disseminação das experiências vivenciadas por eles.
Afinal, a Kienbaum se coloca de forma muito aberta para ouvir os clientes e buscar soluções em conjunto, de forma personalizada, atendendo às necessidades de cada um.